Quis trazer uma estrela a ti... Vi as tuas lágrimas irmão Senti a tua impotência De poderes trazer a luz Alegrares a tua família No silêncio eu escuto O teu choro triste Por não poderes dar Aquilo que exigem de ti Sentes medo das frias cobranças Do que querem pedir este Natal Olhas o frio olhar de teus filhos A magra refeição posta na mesa Querias dar outro Natal alegre Mas a vida te ceifa as oportunidades Olhas para o teu crucifixo chorando Pedindo clemência a Deus Mas nesse momento ilumina a mente Como rasgos de luz cravados no coração Pode faltar tudo mas nunca te falta O real amor pela tua família E como um milagre de Deus Desce do céu uma bela estrela Cravada de amor e esperança Era a estrela da amizade Que eu pedi de presente a ti Meu amado irmão.... Betimartins
quinta-feira, 6 de dezembro de 2007
Daniel dedica o poema de Natal à namorada Bruna
José Pinho dedica o poema de Natal à Rita, sobrinha recém-nascida
Vítor escolheu este poema de Natal e dedica-o aos pais
Adriano escolheu este poema de Natal e dedica-o à irmã
NATAL À BEIRA-RIO
É o braço do abeto a bater na vidraça,
E o ponteiro pequeno a caminho da meta!
Cala-te, vento velho! É o Natal que passa,
A trazer-me da água a infância ressurrecta.
Da casa onde nasci via-se perto o rio.
Tão novos os meus Pais, tão novos no passado!
E o Menino nascia a bordo de um navio
Que ficava, no cais, à noite iluminado...
Ó noite de Natal, que travo a maresia!
Depois fui não sei quem que se perdeu na terra.
E quanto mais na terra a terra me envolvia
E quanto mais na terra fazia o norte de quem erra.
Vem tu, Poesia, vem, agora conduzir-me
À beira desse cais onde Jesus nascia...
Serei dos que afinal, errando em terra firme,
Precisam de Jesus, de Mar, ou de Poesia?
David Mourão-Ferreira, "Obra Poética" 1948-1988